“ASSIM SE VÊ A FORÇA DO PP!”
O Ministro do Ambiente, Luis Nobre Guedes, declarou ontem na abertura da campanha televisiva do PP que os progressos na área do ambiente, obtidos pelo executivo tinham, até agora, sido notáveis. E com propriedade, pois páginas tantas, declarou que o Governo“tinha aprovado as alterações climáticas” (!!!!) Tal e qual. (Ouvi duas vezes, uma na RTP1 e outra na RTP2 para confirmar). Está explicado então. Não se trata de efeito de estufa resultante da incomportável taxa de consumo de combustiveis fosseis, acompanhado de desflorestação e outros efeitos co-adjuvantes que interferem no balanço energético do sistema atmosfera-oceano e consequentemente influênciam de forma desastibilizante o padrão de circulação geral da atmosfera. Não. Trata-se tão só, dum decreto governamental emitido pelo Executivo português, na pessoa do iluminado Minsitro do Ambiente. Mais descansados andamos todos nós, que fustigados pelos desvarios ilegais e insolventes do clima, agora o achamos legitimado por decreto governamental. Pode chover à bruta, pode haver cheias à vontade e caloraças de rachar, que podem descansar tranquilos os cidadãos que está tudo dentro dos limites permitidos por lei. Pergunto-me, se não seria de propor junto das instâncias competentes (e.g. a próxima cimeira dos países mais industrializados), que tal singela solução para um tão aflitivo problema fosse vertida para o direito internacional…e pronto. Podiam, por exemplo, impor-se ao clima restrições do tipo “as chuvadas torrenciais com mais de 200 mm de precipitação por hora, estão proibidas”. E pronto já não era preciso ouvir sempre as mesmas cantigas do tipo “as cheias na cidade de Lisboa são culpa das sarjetas entupidas, (abaixo o executivo camarário!). Ou ver os presidentes de Câmara (e.g. Aljezur, Monchique) a mandar cortar as árvores das ribeiras, pois assim as linhas de água “conseguem escoar melhor as cheias”. Abro um parentesis para uma singela opinião acerca destes dois factos. Primeiro, as sarjetas são maioritariamente entupidas por areia vinda de montes em cima dos passeios e não em contentores como nos países decentes, que durante as obras não são sujeitos a qualquer cobertura ou protecção e depois escorrem impunemente para as sarjetas. Como não é interceptada, a água, em ruas inclinadas ganha tal volume e velocidade que chega a erosionar e ravinar as bermas das ruas. Isto resolvia-se com uma simples fisclização das obras e a obrigação de cobrir os montes com um plástico ou contê-los com uma simples protecção em madeira de cofragem. Quanto às árvores nas ribeiras, sempre lá estiveram e qualquer pessoa percebe que a vegetação diminui a velocidade de escoamento e evita precisamente os picos de cheia (muita água em pouco tempo= inundações) e não o contrário. Tergiverso. Voltando ao Ministro. Que eu saiba, Portugal, quando ratificou os Protocolos de Quioto sobre as emissões de dióxido de carbono ainda o Nobre Guedes andava a passear o seu blazer cruzado de quatro botões e a marrafinha atoureirada atrás do Paulo Portas e nem imaginava que lhe ia calhar em sorte um Ministério. “Fomos eleitos….hum?...Ora deixa cá ver, o que é que eu vou ser? Já sei. O Ambiente é tão giro…”. Como é possível exibir impunemente a sua incompetência e nem sequer ter a noção de nada sobre nada acerca do assunto que tutela? É mais que incompetência, é irresponsabilidade.
É irrealidade.
Vejam também a perspectiva de um conimbricense sobre um assunto resolvido através do processo CIRVER, também conhecido por “não-co-inc(i)eneração” (!!!!), no dizer do ministro e dos cartazes lúcidos e cultos do PP de Coimbra: Vareta Funda: Voto Útil, por Mimosa. E das suas razões para não votar PP.
Hum…Parece que vem lá um Tsunami para cima da Praia dos Tomates. Será que ainda dá tempo de publicar um Decreto Governamental a proibi-lo?
CONTOS DO ASSENTO DA SANITA
CONTRIBUTOS PARA O DESCALABRO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL Façam o favor de consultar os arquivos, que também têm páginas de rara e intemporal beleza. O vosso, Assento da Sanita.