segunda-feira, dezembro 29, 2003

ACERCA DO DR. OLIVEIRA, ETC.

Devo dizer que estou desinspirado. Agora que a volumosa panturreira natalícia já se move lentamente ao longo do tracto intestinal e o cérebro já pulsa de vez em quando com vislumbres, efémeros por certo, de alguma lucidez, suscitam-se alguns comentários acerca duma polémica discussão que, avessa ao espírito da quadra, vai decorrendo nos comentários do post anterior. Não podia ser pior: - entre um Frade e um Pide. O Assento ficou tolhido e só consegui comentar “werver…” enquanto se babava e tinha um ataque de incontinência fecal extemporâneo.

Aquela referência da velha catarrosa fundamenta-se na própria experiência do Assento da Sanita. Velhos aos suspiros ou mesmo aos gritos, pelo Salazar nos transportes públicos é coisa que não falta. O meu pai começava a espumar : “Dois! Um para ficar de conserva, não vá o primeiro partir os cornos duma cadeira abaixo!”. Esquecem-se dum pormenor crucial. É que o velho Botas já anda a comer alfaces pela raiz há uns bons tempos e ainda bem. Morto e bem morto. Eu ia-lhe lá cuspir no túmulo e ainda punha um da Obra, previamente sodomizado por um bando de trinta ciganos, por cima, assim tipo cereja. Perdoem-me os dois ou três leitores deste blog, primeiro o uso do discurso directo e em segundo lugar não participar na discussão. Sinceramente. Quer o Pide quer o Frei são, reconheço, personagens impagáveis. A minha idade não permite ter uma lembrança com propriedade de personagens como o Rosa Casaco, mas ao contrário do que os queimadinhos da verdadeira geração rasca (cinquentões cinzentos, reprimidos e funcionários públicos moles), a malta lê e faz pela vida. Sei que foi, pura e simplesmente, um torcionário. Não vale a pena elaborar, nem livros nem a puta que o pariu. Quanto aos frades e padres. Será uma generalização simplista, mas de facto, muito poucos têm relações sexuais com pessoas da idade deles.

Quando a artéria criativa palpitar de novo, regressada da modorra do Natal, volta-se a malhar na padralhada, nos velhos mal educados, com muito orgasmo anal de esguicho diarrêico, muita pústula, muita escrófula, muita borbulha espremida. Tudo nas trombas dos da Obra. Benza-os Deus.

Bem Hajam

TS.

sexta-feira, dezembro 19, 2003

MENSAGEM DE NATAL EM DIRECTO PRECEDIDA DE MENSAGEM DO EXMO. SR. PRESIDENTE DO CONSELHO E DO CARDEAL PATRIARCA D. ANTÓNIO CEREJEIRA

Caros concidadãos. Nesta quadra em que a gordura das fatias doiradas vos escorre pelos beiços honestos e o cheiro do bacalhau vos relembra a fragância marinha das cuecas das vossas esposas, desejo-vos do coração um Bom Natal, na companhia dos vossos a fingir que gramam aqueles primos bêbados que vos contam belas histórias das gajas que comeram atrás da árvore de Natal. E as crianças? Não têm pena das crianças do Iraque? Não têm Natal porque são infiéis, bem feita. Os cabrões dos pais bem que podiam ao menos qualquer coisinha comprada aos americanos. Assim um Game Boy com os misseis, a ver quem é que acerta no quarto do Carlos Fino. Relembro-vos que a Obra tem uma quermesse de Natal onde se vendem postais de Natal com os numerários a darem uma sopinha reforçada aos pobres. Garantido que eles não se ponham aos gritos, porque isso cá eu não gosto. Não fui educado assim. Quando lá no Colégio do Planalto nos davam um pobrezinho para tratar eu escolhia sempre os mais pacatos, tipo os com paralisia cerebral que sempre chateiam menos, apesar do fio de baba sempre no canto da boca. Ora bem. Os portugueses são um povo amigo do seu amigo e como tal, espero que tenham aberto os cordões à bolsa para presentear os vossos com belas velas aromáticas compradas na loja dos trezentos, pás do lixo, piassabas e livros do Júlio Roberto ou das edições Pregaminho. Os vibro-massajadores faciais são um item pouco conforme ao espírito da quadra pois, se usados para entertenimentos mais heterodoxos empurram o cagalhão recto acima e depois cabem menos filhós, coscorões e rabanadas. Mas o pobrezinhos são criaturas muito ingratas e mal educadas. No outro dia, dei 10 cêntimos a um porque ele me veio com a conversa que queria comer uma sandes e que a comia à minha frente (que nojo! só de imaginar) e que era doente de uns ataques e mais não sei quê. Começou a protestar, dizendo que aquilo não dava nem para mandar cantar um cego e que se quizesse metesse os dez cêntimos no cú. Aí a coisa mudou de figura. Passou-me uma coisa pela cabeça. Saí do meu Audi A4 e arrefinfei-lhe um pontapé no coccix com toda a força. Começou logo a espumar da boca e a esbracejar. Um polícia indignado aproximou-se e disse - "Seu cabrão. Deixe lá a criatura em paz! Mal agradecido! A importunar os ricos! Desculpe senhor Comendador. Desculpe." Ali ao lado, estava uma velha catarrosa mamava gulosamente no membro viril dum étnico que para ali andava e apoiou a deixa: "Estes romenos! Vêm prá qui pedir!E só armam confusão". - "Romena serás tú disse-lhe o pobrezinho. Vaca. Pindérica..." O polícia arrastou o pedinte por um braço. Vêm pois, que anda aí muita gentinnha sem espírito de Natal e que só quer é aproveitar-se dos outros e armar confusão. Bom agora tenho de ir à Missa que a Tucha Vanzeler já está aquji muito nervosa a vazer caracolinhos com os pelos do regalo de arminho e a olhar para o relógio.

Bem Hajam e Bom Natal.

TS

Hoje estou chateado. Tenho que entrevistar-me a mim próprio. Há um panfleto mensal aqui no serviço, que aliás ninguém lê nem na casa-de-banho, e assim eu tenho que discorrer ficticiamente sobre a minha actividade profissional fingindo de forma algo esquizóide que falo comigo próprio. Podia ser qualquer coisa do tipo:

Então, quais os seu projectos para o futuro?

-Bom. Tenciono estripar três ou quatro padres, contratar trinta ciganos para sodomizarem de uma assentada um ou dois gajos da Opus Dei, consultar a Alexandra Solnado a ver se ela me tira o cancro da cabeça com umas rezas, tratar a minha fístula anal, plantar uma árvore, ter mais um filho, escrever um livro de aforismos...
Hum...parece-me que talvez não almeja grande futuro...

É que se arranja ò cabrão. Vai entrevistar quem te fez a cabeça, ò cabrão.

(aham...) Pois... Mudemos de assunto. Que perspectivas prevê para a fileira do tomate nos próximos anos?
-Quem não dá uso aos tomates acumula muito e depois a meita encaroça e é um problema. Tenho um amigo que lhe aconteceu isso.
- Bom. Obrigado e Boas Festas.
De nada. Manda sempre, ò simplório.
etc...

terça-feira, dezembro 16, 2003

NO HOSPITAL II

Uma pobre velhinha passou por Aurélio a coxear. Nisto desiquilibrou-se e caiu contra a parede, espremendo a algália cujo conteúdo de vários litros voltou novamente a entrar todo para dentro. - "Ai a minha bexiga que rebenta!"- Disse a vellhota. Dois jactos de urina espumosa saiam em borbotões pelos ouvidos da pobre senhora. Nisto passaram dois gajos do Opus Dei que arregalaram os olhos e se persciniram com fé. A velhota sugava gulosamente o membro viril de Aurélio Seborreia enquanto, lá fora, o sol se punha e os da Obra eram atropelados por uma máquina de terraplanagem. Saddam, no seu buraco, suspirou pensativo - "Coisas de cristãos". E seguiu contando os dólares.

FIM.

segunda-feira, dezembro 15, 2003

NO HOSPITAL

Como estou muito apertado de tempo porque tenho que ir por o chasso na inspecção vou debitar um monte de javardices gratuitas já para não se dizer que não escrevo nada. Bom. Aurélio Seborreia tinha acabado de fazer um clistér opaco e estava com o bandulho cheio de sulfato de bário. Na sala de espera, umas velhas habituées comentavam as dores nos quadris e a espondilose. Um cigano raspava a patine de sujidade para uma arrastadeira, para mais tarde fazer uma quiche tradicional da terra dele. Uma enfermeira de mini-saia e cinto de ligas olhou Aurélio gulosamente e piscou-lhe o olho. Passados uns segundos já a enfermeira sugava o membro viril de Aurélio com gula enquanto este, não conseguindo conter o sulfato, se esborratou pelas pernas abaixo, deixando um rasto esbranquiçado com laivos "moka" pelo corredor do serviço de proctologia. Um contí­nuo de bata cinzenta despejava um balde de polipos e outros restos de operações no contentor do lixo. O gestor do Hospital recebia um convite para um cocktail com os Mellos enquanto desencavava do ouvido da enfermeira-chefe. Gostava de práticas sexuais heterodoxas. Um doente que reclamava ser o Elvis Presley, azucrinava os ouvidos de Aurélio com uma melopeia maviosa tipo "Love me tender, love me true..." enquanto agitava um saco de soro como se fosse um shaker. Tinha trabalhado uns tempos no bar do hotel Sofitel, na Avenida da Liberdade, durante as reuniões da Maçonaria Regular. Também limpava dentaduras postiças a pedreiros-livres de Cascais e despejava-lhes as algálias, para os que não se seguravam durante as sessões. Mas estou a divagar.

Aurélio Seborreia olhou para a sua senha azul e achou que ainda demoraria umas horitas a ser atendido. Para se entreter decidiu ir visitar a parte explorada como clínica privada do hospital onde, para sua surpresa, foi encontrar a maioria dos funcionários a abafar a palhinha dos doentes no meio dum luxo asiático. Soçobrou num pranto de felicidade por ver quão bem os seus impostos eram gastos, num modelo de eficiência e probidade, nos hospitais portugueses. - "Que lindo!..." Soluçou emocionado. Um neuricirurgião famoso fazia um transplante de cerebral a um conhecido autarca, que ainda convalescente assinava despachos e mais despachos com vista a cortar o trânsito em mais não-sei-quantos sítios de Lisboa, que é uma actividade barata, dá notí­cia no Telejornal das oito e votos de toda a gente menos dos moradores que se sentem assim como os í­ndios de uma reserva. No cérebro novo do autarca, vinha já pré-programado o catálogo da Deutsche Gramophon para impedir as gaffes musicais durante as vernissages.

Aurélio entretanto fora chamado para o tratamento ambulatório. Entrou na enfermaria e o médico olhou para os papeis. - " Ora então baixe lá as calças" . Aurélio hesitou e o médico continuou. - " Bom. Vai ver que para além de médico também sou mágico amador. Agora vou-lhe introduzir um dedo no recto". Ainda antes de Aurélio poder reagir, sentiu o dedo forte do médico a arrombar-lhe o esfí­ncter. - "Agora quer ver?" O médico abanou as duas mãos em frente da cara de Aurélio e disse: "Magia!".

FIM (não tenho tempo para corrigir as gralhas ortográficas. Mil perdões).



sexta-feira, dezembro 12, 2003

THE MATRIX

O Morpheus, também conhecido por "Monas", parava ali pela Meia-Laranja. Uma criança amolava a ponta-e-mola no lancil do passeio, enquanto um idoso defecava no meio da calçada. Morpheus era um homem bom, que costumava deixar sempre um tracinho na seringa para os mais desafortunados. Por exemplo, o "Tanque" era um deles. Chamava-se assim porque vivia num tanque de lavar roupa coberto com um plástico. A criança fazia festas a um cão tinhoso, meio pelado, que andava por ali a arrastar um enorme tumor anal. Tinha pena do bicho, era o que era. O Neo Lelo apareceu por ali com umas pratinhas que distribuiu com magnanimidade ás crianças ranhosas do bairro. Uma velhota, que carregava com uns sacos do LIDL, escorregou no cagalhão no meio da rua e caiu, partindo a bacia. As crianças perseguiam as ratazanas, tentando espetá-las por desporto. Já tinham conseguido, pois havia muitas ratazanas secas espalhadas pela rua e junto aos contentores. Os petizes mais pequenos chupavam os limões que apanhavam, pois a fome era muita e a mãe só lhe dava o almoço quando viesse da prostituição. Morpheus ajudou a velhota a levantar-se com uma lágrima ao canto do olho. Lembrava-se dos tempos de escuteiro. O pior era o Padre Januário Nóbrega. Por causa deles andava sempre a fazer grossas torcidas esbranquiçadas que lhe levavam a pele do anús atrás e ficava com um desagradável prurido. Mas ele sabia das manhas do Padre. Via-o todos os dias a rapar a leitaça do malho com as óstias que servia na Missa do meio-dia às beatas. Por isso é que ele tinha encetado aquela vida de marginalidade. Ao fim e ao cabo, atrás da maioria das histórias de marginalidade está uma criança traumatizada. Pois claro. Ele, coitadinho, vendia droga mas a culpa não era dele.

Morpheus Monas lá ajudou a velhota a levantar-se. Ela pegou nos sacos e meteu-se na vereda, por entre as couves galegas, que levava à sua barraquinha modesta de chapa zincada. Nisto, viu uma luz forte e um enorme círculo marcado numa seara. Um E.T. saiu do disco voador e dirigiu-se a ela. A idosa ficou transida de terror. O alienígena, vendo que se tratava de uma idosa, tranquilizou-a e saudou-a com a mão direita levantada, dizendo com uma voz maquinal e metálica: - "Take me to your LIDL".
A velhota, que fazia vinte e três anos no dia seguinte, decidiu, a partir desse dia, nunca mais consumir substâncias euforizantes. Dirigiu-se ao centro que distribuía metadona para cortar a ressaca [ a Metacortex] e disse: - "sou uma pobre toxicodependente. Ajudem-me". Na Metacortex apiedaram-se dela e mandaram-na com um colete amarelo vender uma revista manhosa sem nada para ler, alí para os semáforos da Av. de Ceuta onde provocou inúmeros acidentes automobilísticos.

FIM

quarta-feira, dezembro 10, 2003

MANIFESTO

Ando aqui a dar o litro e a esmifrar o neurónio para vocês, meus cabrões, não me deixarem uma porra dum comentário!
Pois bem. O meu sonho de fama e fortuna... Biltres. Svandijas. Calhordas. Safardanas. Aposto que perdem tempo a ler merdas como as legendas daqueles filmes manhosos com cãezinhos que falam e que dão ao domingo à tarde na RTP1 e não lêm isto? É confrangedor. Sois uns desertos culturais. Porra. Estarei ressabiado? Terei de abrir os cordões à bolsa e regressar à psicoterapia de grupo? Vou pregar para outra freguesia. Corja de cabrões.

TS.

terça-feira, dezembro 09, 2003

O NATAL DOS CEMITÉRIOS

O Henrique Mendes arrastou a algália pelo palco e disse sorridente - " Ora meu amigos, cá estamos reunidos para mais um feliz Natal dos Cemitérios!" A assistência não tugiu nem mugiu. - "Bom, eh...eh...haja animação e saúde. Para começar temos o Mendes Harmónica Trio! Palmas para eles!" Da assistência sairam umas palmas frouxas que vinham da Florbela Queiroz, que ainda estava quente. O trio atacou um medley: "Lá vai Lisboa", "Canoa" de Carlos do Carmo, "Não há estrelas no céu" de Rui Veloso, "Diga em que dia em que mês você nasceu..." da Mara Abrantes e para terminar uma estrondosa versão techno-dub do "Senhor extraterrestre" de Amália Rodrigues. Nisto entrou o Fialho Gouveia e disse: - "meus amigos! Vejo aqui caras do tempo do Zip Zip! Bem hajam! A Florbela Queiroz e a Tonicha, que tinha acabado de entrar, bateram umas palmas pouco convictas. Com a arrastadeira debaixo do braço, apareceu o Artur Agostinho que foi recebido com muitas palmadinhas nas costas pelo Fialho Gouveia e pelo Sr. Henrique Mendes. Na assistência, a Rita Ribeiro procurava manter um mínimo de compostura ao lado do António Calvário, do Jorge Alves [cartaz TV] e do Óscar Acúrcio. Uma divertida rábula de Revista em que contracenavam o Octávio de Matos, o Joel Branco e o Camilo de Oliveira tinha entretanto começado. A assistência continha o riso mas estava a achar muita graça. De tanto rir, o Fialho mijou-se pelas pernas abaixo. Na assistência, o João Braga pareceu incomodado com umas piadas políticas.

O Artur Agostinho sugava gulosamente o membro viril do pai das raparigas do Mendes Harmónica Trio enquanto o Fialho suspirava pelo Senhor Presidente do Conselho. Nisto apareceu o Fernando Tordo a cantar a Tourada. O Artur Agostinho puxava da gosma porque andava com bronquite e escarrava no palco. O Henrique Mendes tirava o sarro da dentadura postiça com um safa-calos que trazia sempre no bolso, para as ocasiões. Cairam-lhe dos bolsos ainda os seguintes itens: um sabonete Pati, uma embalagem de Bilcream e uma funda para a quebradura.

Vestindo uma balalaica ao estilo colonial apareceu o José Maria Tudela a cantar o Kanimanbo. Vários mortos da assistência não resistiram e começaram a dançar uma marrabenta. Nisto o Raúl Indipo apareceu vestido de branco a andar com passinhos apertadinhos, a menear-se e a esfregar a barriga, cantando "vou levar-te comigo, vou levar-te comigo meu irmão" e juntou-se ao J.M. Tudela. A farra alastrou á assistência e juntou-se mais um que tinha uns óculos de sol amarelos e umas calças à-boca-de-sino esfregava a barriga e dançava um merengue. - "Ah! Aquelas moambadas lá na Matola...aquilo é que era farrar! Outro dizia: - " A mim, os pretos ficaram-me com tudo!" Outro espoliado do ultramar malhava com uma muleta na cabeça do Artur Agostinho e dizia: - "comuna, cabrão!Toma lá! Vai mas é fazer nataizinhos para a Rússia que é onde estão os teus amigos!".

O Padre Melícias entrou e apelou à calma. De seguida entrou o Eng. Guterres a esfregar as mãozinhas e fez um apelo à solidariedade com os espoliados do ultramar. Todos contribuiram com gosto e tudo terminou fraternalmente ao som de "O mundo é uma bola de algodão, que está na nossa mão, que está na nossa mão fazer feliz!" cantado em dueto pelo Joel Branco e pelo Badaró.

FIM

sexta-feira, dezembro 05, 2003

QUADRAS POPULARES

Vi ali o outro dia
A tua mãe embriagada
Já não sabia o que fazia
E estava a ser sodomizada!

Perdeu a jogar ás moedas
Com uns rapazes de côr
Apanharam todos grandes pedras,
Tudo em nome de Timôr.

Se tu visses o que eu vi
Naquele tarde de confusão
A tua mãe fora de si
A mascar um cagalhão

Era daqueles brancos, de cão
Com pevides e nervos transparentes
Tinha moscas em profusão
Eu cortava os tomates rentes! :-)

MAIS QUADRAS POPULARES

Tú, emigrante
Que és um folgazão
Vais lá para fora
Para comprar um limão

Tú, emigrante
Que estás vada vez mais rico
Vais lá para fora
Para comprar um maçarico

AIKUS JAPONESES

Tú, emigrante
Que tens uma jante.


PROVÉRBIOS DA TCHECHÉNIO-INGÚCHIA e da OSSÉTIA DO SUL

Haxixe fumado, menino drogado.

Nabo mal besuntado, cúzinho todo esgaçado.

Pastor de pau feito, animal satisfeito.

Sem dinheiro na carteira, buraco da oliveira.

Ao industrial da cortiça, mirra-se-lhe a linguiça.

Nos fogos florestais, os bombeiros estão a mais.

Mar de pequena vaga, vaca que não caga [*não é original...]

Mar de pequena vaga, leite que se estraga [sic. O Belo Menir]

Cúzinho esburcinado, merda a escorrer de lado [desculpem lá].

Cão sem uma perna, festa na taberna [autor anónimo].

Homem sem chêta, esporradela na sarjeta.

Mulher aos "ais", Natal dos Hospitais. [By Mendes Harmonica Trio]

quinta-feira, dezembro 04, 2003

CONTO TRADICIONAL CHINÊS

Wuang-Tsé tinha uma vaca que levava todos os dias ao campo para pastar e depois recolhia à noite. Um dia, Wuang-Tsé vinha com a vaca pela arreata quando lhe apareceu um tigre. O tigre disse: - "dá-me a tua vaca senão vou-te já aqui ao cú". Wuang-Tsé engoliu em seco e disse: - " Está bem. Então toma lá a vaca". A vaca ficou abespinhada com a troca pois nutria os mais puros sentimentos de amor filial por Wuang-Tsé e ficou muito triste. O tigre levou a vaca e passou a ordenhá-la todos os dias até que acumulou uma enorme quantidade de leite. Sem saber o que fazer ao leite, o tigre foi ter com o ancião da aldeia, sem saber que Wuang-Tsé era bisneto deste. O ancião contou-lhe provérbios e mais provérbios e o tigre adormeceu. Entretanto, como a conversa do ancião demorou, o leite azedou todo. O tigre quando chegou e viu o leite azedo ficou muito triste e foi devolver a vaca a Wang-Tsé. Wuang-Tsé disse-lhe então - " Mas queres desfazer a troca? Mas não te tenho que dar o cú, pois não?" O tigre encolheu os ombros e disse que tanto fazia. Wuang-Tsé baixou as calças na mesma e começou a mamar no pireto do tigre, que afinal era o seu patrão Hong Li Fang, que lá na Tríade andava com ideias de o despachar para Portugal para um restaurante chinês.

FIM